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Faculdade de Pedagogia / Pedagogy
Faculdade de Desenvolvimento Comunitário / Fighting with The Poor
Short Courses – Development Instructors EN
Short Courses – People’s Coach PT/EN
Short Courses
ISET - One World Presencial
EPF - Programa de 1 Ano
EPF - Programa de 3 Anos
IP Nhamatanda e Nacala
Certificado Professores Graduados Para a Resiliência Comunitária
Study area:
Select course
People's Coach - Fighting with The Poor
People's Coach - Lutando ao Lado do Pobre
People's Coach - Community Development Worker
People's Coach - Trabalhador de Desenvolvimento Comunitário
People's Coach - Pedagogy
People's Coach - Pedagogia
People's Coach - Fighting Global Warming and Climate Change
People's Coach - Combater Aquecimento Global e Alterações Climáticas
People's Coach 2 Second Year - Pedagogy
People's Coach 2 Second Year - Fighting With The Poor
Subject:
Select subject
O Mundo da Política
Domínio do Mundo Material
Agricultura
Lutando ao Lado do Pobre
Trazendo-O ao Público
Disciplinas Pequenas
Período de treinamento
Section:
Select section
A Terra - Período 2
Agricultura mundial - Período 2
Produção agrícola para alimentos - Período 3
Tempo de acção - Agricultura - Período 3
Exames - Agricultura - Período 4
Type:
Training
To Tutor
For Evaluation
Exam Task
Courses
Experiences
Curriculum:
Curriculum
Curriculum+
Curriculum++
Sequence:
Title:
Wording:
A tarefa consiste em compreender como a produção agrícola em larga escala influencia a saúde das pessoas e a natureza, e como os produtores de químicos e sementes influenciam a produção e criam dependência dos agricultores em relação a esses produtos.
Time:
hours
Introduction:
“Agro-negócio” é um termo usado para descrever, por um lado, os sistemas de produção agrícola em escala industrial que se têm tornado dominantes em muitas partes do mundo. Por outro lado, também descreve as enormes indústrias multinacionais que fornecem os recursos a estas produções e que cada vez mais dominam a venda dos produtos.<br /> <br /> O mercado das sementes representa um exemplo claro de como o comércio das sementes tem sido concentrado num número cada vez menor de empresas, à medida que as empresas pequenas são compradas pelas maiores. <br /> O negócio moderno de sementes requer enormes investimentos em investigação, e só as empresas maiores conseguem fazê-lo.<br /> Então, não é bom que existam empresas que tenham os fundos necessários para fazer essa investigação? Certamente o mundo precisa e precisará de sementes melhores, adequadas a um planeta mais quente.<br /> O problema é que esse não é o principal interesse dessas empresas.<br /> O principal objective é obter lucro e, por isso, eles querem que cada vez mais agricultores comprem os seus produtos. E estas empresas têm sido muito boas a consegui-lo.<br /> A maior parte das sementes vendidas por empresas de sementes no Sul de África são sementes híbridas. Estas são sementes que produzem plantas cujas sementes você não pode usar para semear a próxima cultura. Isto é obviamente inteligente por parte da empresa, pois o agricultor no ano seguinte terá de comprar sementes novamente.<br /> (Muitos agricultores usam variedades locais de sementes, as chamadas variedades de polinização livre, que eles podem colher e usar, ano após ano.)<br /> Se fosse apenas o facto de se criar uma dependência em relação às sementes, a situação não seria muito grave. Mas o problema é que as sementes que estas empresas têm promovido têm levado a um conjunto de outros impactos, porque as empresas têm promovido deliberadamente variedades que precisam de muitos recursos ? fertilizantes, herbicidas (químicos que matam as ervas daninhas), pesticidas (químicos que matam todos os tipos de pragas) e maquinaria. Muitas destas variedades também requerem mais água. O resultado tem sido que a maioria dos agricultores não só depende da compra de sementes de grandes empresas, mas também dos recursos que as sementes requerem para darem colheitas abundantes. Para tornar a situação ainda pior, as grandes empresas de sementes aderiram à tecnologia que permite modificar geneticamente as sementes (OGM – organismos geneticamente modificados), desconhecendo as consequências a longo prazo ligadas ao seu consumo.<br /> <br /> É aqui que chegamos ao título desta tarefa, “A pressão do agro-negócio sobre o Homem e a Natureza”.<br /> <br /> A pressão sobre a natureza vê-se sob a forma de grandes áreas em que a vegetação natural foi removida, tornadas em campos enormes com apenas uma cultura ? monocultura industrial ? com o enorme impacto que isso tem na diversidade de organismos vivos.<br /> Vê-se no envenenamento dos rios, lagos e partes de oceanos, pois os fertilizantes levam à chamada eutrofização – propagação de plantas por causa do excesso de fertilizante, atraindo organismos que se alimentam de plantas e, depois, perda do oxigénio na água, quando as plantas são consumidas ou se degradam. Outras águas estão cheias de pesticidas e herbicidas que se acumulam ao longo da cadeia alimentar, e podem ser encontrados em organismos vivos, mesmo nas partes mais remotas do planeta.<br /> Há também o exemplo do impacto destes químicos sobre as abelhas. Em algumas partes dos Estado Unidos, mais de metade da população de abelhas desapareceu. O mais provável culpado são alguns pesticidas especiais que são pulverizados e assimilados pelas plantas, tornando-se assim parte delas (pesticidas sistémicos).<br /> Outro impacto é a perda da valiosa camada superior do solo, que demorou milhares de anos a desenvolver-se.<br /> No entanto, o maior impacto de todos é no clima. Como você irá ler num dos ficheiros em anexo, a agricultura contribui com quase um terço das emissões de gases com efeito de estufa que causam o Aquecimento Global.<br /> <br /> A pressão sobre o Homem é dupla. Por um lado, tudo o que prejudica a Natureza também afecta claramente o Homem, e não afecta menos no caso do Aquecimento Global. Por outro lado, também há os efeitos directos, como o envenenamento de trabalhadores causado por pesticidas. De acordo com a OMS, estima-se que três milhões de casos de envenenamento causado por pesticidas ocorram todos os anos, resultando em 250 000 mortes a nível mundial.<br /> E as pessoas comem alimentos tratados com químicos que contribuem para o desenvolvimento de várias doenças como cancro e alergias.<br /> Entre 1997 e 2007, quase 200 000 agricultores acabaram por suicidar-se – muitos fizeram-nos ingerindo pesticidas – porque tinham ficado afundados em dívidas.<br /> <br /> O resultado de tudo isto é que já não é apenas a agricultura em escala industrial que influencia “O Homem e a Natureza”. Os pequenos agricultores na China, na Índia, na América Latina – sim, em todo o mundo – tornaram-se dependentes dos agro-negócios globalizados e de todos os seus produtos venenosos.<br /> <br /> Empresas como Monsanto afirmam promover o desenvolvimento sustentável. O que é que você acha? O modelo do agro-negócio pode levar a um desenvolvimento que seja economicamente eficiente, ecologicamente prudente e socialmente desejável?<br />
Directive:
<ol> <li> Leia os ficheiros em anexo.</li> <li> Considere o que você acha que é a agricultura sustentável. Escreva em 10 pontos que elementos/condições prévias os métodos agrícolas têm de ter para poderem ser considerados sustentáveis.</li> <li> Considere se algum desses pontos é abrangido pelo modelo do agro-negócio, como você o vê a ser praticado no seu país.</li> <li> Envie as suas respostas escritas ao seu tutor para receber comentários.</li> </ol> <br /> Ficheiros:<br /> <br /> <strong>F1</strong>. <u>Introdução,</u> Olivier De Schutter, Estado do Mundo 2011<br /> <br /> <strong>F2.</strong> "<u>Como Cultivar um Futuro Sustentável</u>". Estado do mundo 2012: rumo à prosperidade sustentável, p. 171-73<br /> <br /> <strong>F3.</strong> <u>Agro-negócio ou Reforma Agrária</u>, em "A (in) sustentabilidade do desenvolvimento", Mirian Cláudia Lourenção Simonetti (org.), 2011, p. 181-185
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O aperto do agro-negócio sobre o homem e natureza
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